- Mariuccia Ancona Lopez
Expectativa zero, paixão total

Se dois dias atrás alguém me perguntasse o que é Sofiero,( fala-se Sofierú) não teria a mínima idéia do que responder. Confesso aqui meu desconhecimento. Até que me vi diante dos parques e jardins do castelo de Sofiero, usado como residência de verão dos reis da Suécia desde 1864 quando o ainda príncipe Oscar (II) e a Princesa Sofia encantados com a beleza e o clima da região decidiram passar alí todos os verões deslocando-se da distante Estocolmo.

Na década de 1960 Sofiero passou a ser um parque aberto ao povo e hoje pode ser desfrutado por todos nós, simples mortais.

Sofiero fica no alto de uma colina em Helsingborg, apenas 5km do centro desta cidade portuária sueca separada da Dinamarca pelo Öresund, braço de mar que alí tem somente 5 km de largura . E, para quem chega a Helsingborg de trem, basta pegar diante do terminal o ônibus urbano 8 para em poucos minutos chegar a Sofiero (ingresso 129 K ou 13 Euros)

O chamado castelo- mais exatamente um palácio – fica bem defronte à entrada principal , com um grande gramado e, a partir daí pode-se seguir um roteiro sinuoso onde vários jardins se sucedem. Belíssimos e com temática variada, obra criativa da princesa Margareta, no início dos anos 1900.


Na caminhada pelos jardins estilo inglês, de roteiro leve até mesmo para pernas com mais de 70 anos, você vai descobrindo arcos e túneis formados por maçãs e peras,


jardim de ervas, mais de trezentas variedades de rododendros, trezentos tipos de margaridas, flores de mil e uma cores, todas harmoniosamente misturadas.

E, nesta época do ano, um jardim totalmente dedicado às dálias. De todas as cores, de inúmeras espécies, uma explosão de beleza.

Tudo isso e mais árvores formando bosques com 10 mil arbustos e árvores que tornam a caminhada ainda mais agradável e até áreas com jeito de conto de fadas, dedicadas às crianças.

O passeio vai até a parte mais baixa da propriedade, junto ao mar de onde se avista, na Dinamarca , o Castelo de Kronborg, usado por Shakespeare como o castelo de Hamlet.

A descida e subida tem rampas suaves e alguns degraus baixos, com corrimão, facilitando o percurso.No parque há um café na antiga Orangerie, restaurante e banheiros disponíveis.
O parque foi eleito o mais bonito da Europa em 2010 e olha que a concorrência de parques no Velho Mundo é grande!
De Helsingborg, em si, conto mais em outra ocasião.